Vamos aos títulos:
Auto da Barca do Inferno, do Gil Vicente
Auto da Barca do Inferno começou meu entusiasmo com Literatura Portuguesa como nem a paixão que eu vejo nos olhos do meu professor todos os sábados havia conseguido. Sempre tive um combo de medo e preconceito que esses livros exigissem muito conhecimento histórico (e o meu é bem medíocre), mas bastaram as quase 100 páginas dessa história rica, porém descontraída, pra mudar meus preceitos idiotas. Na peça, Gil Vicente nos conta quem será condenado a ir dar uma volta com o Diabo (personagem hilário, hiper humanizado, cheio de gracinhas) na barca da danação e quem poderá se juntar ao Anjo Celestial na barca dos céus e se juntar aos salvos no paraíso. Para quem tá com ele na lista de leituras por causa dos vestibulares da vida, vai por mim: esse é o menor dos seus problemas! :)
The Kiss of Deception, da Mary E. Pearson (The Remnant Chronicles #1)
Lia, 17 anos, é a noiva em fuga. Um dia antes de seu casamento organizado por seus pais por interesse, Lia foge da sua vida de princesa de Morrighan e se torna a vilã que ela sempre sonhou em ser: nenhuma grande responsabilidade, nenhuma forçação de barra. Por meses sua vida não passa de servir mesas em uma taberna local, até que duas figuras masculinas misteriosas chegam a vila e abalam toda a frágil estabilidade da ex-Princesa.
Apesar do meio um tanto entediante, depois que eu terminei o livro fiquei me perguntando se a quantidade de páginas que a Pearson passa descrevendo os amaços que a Lia dá nos caras não foi como ela conseguiu confundir a cabeça de geral. O primeiro plot twist do livro fez meus miolos explodir. Precisei reler aquela passagem algumas vezes antes de compreender o que caralhos estava acontecendo. Dai tem o segundo twist e o que tinha sobrado do meu cérebro saiu pelas minhas orelhas. O livro comporta tudo que a gente gosta num livro de fantasia: personagem feminina que dita as regras, lida com as consequências e passa por desenvolvimento gritante; tem romance, com esse triangulo amoroso muito bem explorado; tem a escrita maravilhosa da Pearson, que faz uso de termos arcaicos na medida certa pra dar um ar de antiguidade saudável à narrativa; A descrição dos lugares e das pessoas foi muuuito na medida certa, pintando quadros muito claros na minha cabeça enquanto eu lia. De forma geral um ótimo inicio para o que promete ser uma maravilhosa série de HF. E eu já comentei que a Dark Side já comprou os direitos pra publicar TKD aqui no Brasil?
Never Never: Part Two, da Colleen Hoover e Tarryn Fisher (Never Never #2)
Meu único problema com Never Never: Part Two é que ele confirmou quase todas as minha teorias. Olha só a sua cara de confusão! Claro que não foi ruim ver as provas de todas as minhas teses postas a mesa, mas ao mesmo tempo que foi um grande boost no meu ego, me fez sentir que o livro rodou no mesmo lugar, já que tudo que o Silas descobre, eu já desconfiava. Tirando isso, foi tudo ótimo. Enquanto lia, parecia que tinha um grande relógio sobre minha cabeça ticando cada segundo precioso. Cada minuto importa para esses dois, cada sombra de memória, de imagens, de sentimentos importa. Agonia e frustração foram sentimentos muito bem explorados pela Hoover e pela Fisher. Por mais que as respostas dadas a algumas das questões batessem com as minhas, não tinha como ter certeza de qual seria o desfecho desse segundo volume, assim como não consigo imaginar o que vem a seguir. Não sei o que a Galera tá esperando pra comprar os direitos dessa mini-série.
The Truth About Forever, da Sarah Dessen
Depois da morte de seu pai, Macy, 16 anos, passa a concentrar suas
energias tentando ser o mais próxima da filha perfeita que ela consegue. Mesmo
que isso signifique aceitar cobrir o trabalho do namorado dela na biblioteca
local, onde ela sabe que não será muito bem-vinda. Entretanto, enquanto
Jason passa o verão em um Brain Camp, Macy descobre que talvez o que ela procura
e luta tanto para manter não seja exatamente o que ela precisa.
Wes foi a epidemia do personagem contemporâneo masculino perfeito: encantador
e cheio de defeitos. De todos os livros que li da Desse até agora, ele foi o
que mais passou a sensação de ser um cara real, tocável, alcançável.
Pareceu realístico sonhar com um Wes. É claro, nós estamos falando de
Sarah Dessen, o que significa que tem muito mais nesse livro do que o romance.
Mais do que os personagens pés no chão, a marca registrada da Dessen são os
problemas familiares e nós temos vários deles aqui.
A ideia era fazer um pequeno blurb sobre o livro e me peguei escrevendo
material digno de resenha! The Truth About Forever está lá em cima no meu
ranking da Dessen, juntamente como Lock and Key, ele foi bom nesse nível. Se eu
tivesse que indicar um livro pra conhecer a autora, até o momento, esse é o que
eu indicaria :)
Tempting the Best Man, da J. Lynn (Gambling Brothers #1)
Um final de semana. Maddison Daniels precisa sobreviver a apenas um
final de semana. Maddy é apaixonada pelo melhor amigo do irmão dela desde que
eram crianças. Todos acreditam que os dois foram feitos um para o outro, mas as
coisas, é claro, não são tão simples assim. Chase Gamble não é o tipo de cara
que acredita em relacionamentos. Pior, Chase Gamble não acredita em
relacionamentos, principalmente quando Maddy entra na equação. Agora ela está
sendo forçada a não apenas passar o final de semana inteiro com o cara, mas a
entrar de braços dados com Chase na cerimônia de casamento de seu irmão já que
são madrinha e padrinho dos noivos. Logo de cara, tudo que podia dar errado
acontece e as linhas que costumavam ser solidas começam a se tornar turvas.
Tempting the
Best Man foi ok. Foi minha primeira experiência com Jennifer L. Armentrout escrevendo
como J. Lynn, sua assinatura para livros contemporâneos adultos. Não foi em
nada uma decepção, tem personagens petulantes sendo colocados nas
situações mais absurdas que resultam um uma explosão de
química, pontos fortíssimos na escrita da autora aparecem
no primeiro volume da série. Ele cumpre com o que propõe, é um livro pra matar
o tempo e dar umas risadinhas e é isso. Não sei se vou continuar esse trilogia
particularmente, mas definitivamente vou continuar meu caminho entre os livros
da Jennifer como J. Lynn.
Just Listen, da Sarah Dessen
Não sei nem por onde começar. Esse é um livro de 2006 e tem entre as
duas capas uma história tão, tão importante. O grande diferencial desse entre
os outros dois que eu li da Dessen foi que esse me fez repensar em tanta coisa,
me fez querer observar as pessoas mais de perto. Annabel, Owen, as famílias... Todos
foram personagens que me tocaram em algum nível, que transmitem algum tipo de
energia. Apesar de não ter sido um livro pesado, foi sim uma leitura
muito sóbria do que eu esperava. Não tenho certeza qual a
ordem cronológica dos lançamentos dos livros da autora, mas a
impressão que ficou ao ler Just Listen foi que ela aceitou uma responsabilidade
sobre seus leitores (que é composta principalmente por meninas a
partir dos seus 13 anos), trabalhando com tópicos que não são fáceis
de serem abordados, mas fazendo-o com muito respeito, muita sutileza, muita
precisão, muito equilíbrio. Mais uma experiência maravilhosa com Sarah,
mais um livro cinco estrelas.
Chew: Space Cakes, do John Layman (Chew #6)
De todos os volumes dessa série que li até agora, Space Cakes foi o que
mais se aproximou das cinco estrelas. Meu amor por Chew já foi proclamado aqui
no blógui em posts anteriores, mas no sexto volume meu comprometimento
com esse mundo e com esses personagens chegou a outro nível. Foi absurdo
sentar na primeira fila e ver esses personagens ganharem novas dimensões, novas
facetas. Foi engraçado porque ele tem uma coisa em comum com Saga, esse volume,
e ver essa semelhança em histórias que são sem dúvidas muito distintas... Não
tem o que falar, sabe? Você precisa ler. Precisa ler, precisa ler, precisa ler
essa série!
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