Um Bestseller pra Chamar de Meu
Titulo Original: The Other Side of The Story
Autor(a): Marian Keyes
Editora: Bertrand Brasil
Lançamento: 2012
Paginas: 742
IBSN: 9788528613629
Se você me perguntar sobre o que esse livro fala ou qual o ponto cental da história, hoje, quase dois anos depois de ter lido esse negocio, eu ainda não faço a minima ideia.
Aqui está o que eu sei: Nesse livro nós conhecemos Lily, Gemma e Jojo, três personagens que narram o livro paralelamente, mas que tem um certo envolvimento uma na vida da outra.
Jojo é uma agente literária, Lily e Gemma costumavam ser melhores amigas.Isso até Lily talaricar (ainda é esse o termo popular para Amiga Fura Olho?) Gemma e roubar o homem dela.
Enquanto Gemma tem que dar um suporte emocional para a mãe dela, que acabou de ver seu marido troca-la por uma mulher praticamente da idade da seu única filha, Lily lança um livro que vira um puta sucesso e amarga por ambos se ressentir pelo que fez com sua melhor amiga e o aperto financeiro que ela vive com o novo marido (ou é namorado? nem lembro mais) e a enteada. Já a Jojo, a agente literária, deve estar pelos cantos, tendo um caso com seu chefe.
Devoradora de YA como sou, poucas pessoas sabem que tenho um carinho gostoso pela Marian Keyes, porque acho que ela consegue passar do despretensioso para o pretensioso com muita facilidade. Mesmo quando um livro é um pouco mais carregado (leia-se Cheio de Charme, meu queridinho) ela consegue dar o recado sem deixar de ser divertida.
Isso não aconteceu em Um Bestseller pra Chamar de Meu. O que acontece é o seguinte: eu já tinha tentado ler esse livro há algum tempo atrás, mas abandonei porque não estava engatando na história. Três dias atrás o retirei da estante mais uma vez para dar outra chance, achando que na época eu só estava cansada do gênero. Puffff! Eu tenho que começar a confiar mais nos meus instintos.
Um Bestseller pra Chamar de Meu é um livro desnecessariamente grande, que desde o inicio eu não sabia onde a autora estava querendo chegar. Quando eu virei a última pagina, a única coisa que passou na minha cabeça foi: “Ta, e dai?”. Sério. Pela primeira vez eu senti que eu tinha gastado tempo com um livro da MK. Melancia, por mais que seja baboseira pura me fez dar umas risadas, e com Um Bestseller pra Chamar de Meu eu só queria chegar no final logo. Não entendi o pra quê e muito menos o porquê de tantas paginas.
Chamar a história de parada é o eufemismo do ano. Desde o começo até a metade do livro, onde a MK parece ter perdido a paciência e decidido correr pra acabar logo de uma vez. Sabe quando sua mãe manda você varrer a casa e você varre de qualquer jeito só pra ela ficar contente (e deixar você ler em paz)? Pois é. O final da Jojo, de longe a melhor personagem do romance, foi tão superficial que nem pareceu a Marian do meu amado "Cheio de Charme" (sim, ele outra vez. Suck it up), apesar de ter sido relativamente realístico.
Na minha cabeça eu continuo vendo a cena da Marian na sala dela, escrevendo um livro forçada, e o pessoal da editora botando a maior pressão nela, dai ela levantando e dizendo “I can’t. You finish it, bastards” e ai os editores e agentes olhando com aquela cara de fo-deu. A única prova que temos que não foi isso que aconteceu é que depois desse vieram outros.
Mas seria engraçado. E explicaria o final.
Uma coisa que achei bacana foi a oportunidade de "entender" melhor o lado de lá da produção de um livro, então isso foi interessante e isso atribuiu a estrela solitária aqui em baixo (já que até a capa pra mim é bem feinha). Tirando isso. Nada. Necas. Nothing.
Se você quiser se arriscar, boa sorte. E tenha paciência. E não desista da Marian, porque ela manda bem. Juro mesmo.
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