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14 fevereiro, 2015

The Darkest Minds, da Alexandra Bracken

The Darkest Minds: The Darkest Minds #1 

Titulo no Brasil: Mentes Sombrias
Autor(a): Alexandra Bracken
Editora: Hyperion Book CH
Ano: 2012
Paginas: 488
IBSN: 1423157370
Inglês nível: Intermediário/Avançado
no goodreads e no skoob.

“The Darkest Minds tend to hide behind the most unlikely faces.” 
The Darkest Minds é o primeiro livro da trilogia sci-fi distópica homônima, escrita pela linda Alexandra Bracken e lançado em 2012 pela editora Hyperion Book CH. O livro chegou no Brasil em 2013 como Mentes Sombrias pela editora iD.

Após ver a maioria das crianças da sua turma na escola e do seu bairro serem dizimadas por uma suposta doença epidêmica, a garota ao completar 10 anos, a garota finalmente "descobre" o que está acontecendo. Infelizmente, da forma mais difícil. 

Ao redor de todos os Estados Unidos, crianças entre 8 e 14 anos são descobertas com certas... habilidades. Temerosos pela classe de crianças mutantes - as Psi - e seu impacto no futuro, o governo desestabilizado não demora a reagir, retirando-as para "campos de reabilitação" para que elas pudesse ser tratadas. Até parece.

Nas 488 páginas, divididas em 31 capítulos, acompanhamos pelos olhos e mente de Ruby como, por 6 anos, a garota se virou para sobreviver em Thurmond, a maior e pior área de concentração das crianças Psi, e, principalmente, como é importante que ela dê o fora dali. Em sua corrida pela sobrevivência, Ruby acaba esbarrando em um pequeno grupo de crianças também Psi e desajustados composto por Liam, Chubs e Zu. Depois de vários altos e baixos, os garotos acabam acolhendo Ruby como seu quarto elemento. 


“Try to imagine where we'd be without you, darlin', and then maybe you'll see just how lucky we got.” 

A história distópica não parece pertencer a um futuro tão distante, criando uma conexão entre o livro e o leitor. É fácil de comprar e de se perguntar sobre quão facilmente aquela situação poderia se tornar nossas vidas em 20/30 anos. Sensação que é ainda mais potencializada com o uso de fatos históricos reais na metade para o final do livro pra explicar a realidade da história.

A narrativa da Alexandra é super fluida. Apesar de nos contar sua história de forma simples, foi fácil sacar quando a autora estava dizendo mais do que o aparente e obvio. Como, por exemplo, quando ela usava trechos do livro predileto de Chubs e a metáfora e analogia do coelho. Muito bacana. Mesmo com um tema e atmosfera mais obscuros, por assim dizer, o bom humor dos personagens das situações que a Bracken propõe são nível ri alto. Aliás, quando a Alexandra se propõe a escrever uma cenas mais engraçadas, ou cenas de ação, ou cenas emotivas, etc... Maaano, se ela não arrasa!


“It feels like we should do something," he said. "Like, send her off on a barge out to sea and set her on fire. Let her go out in a blaze of glory."
Chubs raised an eyebrow. "It's a minivan, not a Viking.” 

Além da premissa promissora, o equilíbrio entre os elementos usados na construção do livro foi no ponto, com tudo muito bem distribuído. A distopia não encobre a fantasia, e nenhum dos dois tomam o espaço do romance e da aventura que vem da road trip, que, por sua vez, não estraga nem a distopia nem a fantasia. 

O grupo de personagens é outro ponto forte. Tanto as características dos personagens individualmente quanto as interações deles uns com os outros foi incrível. Ver a amizade entre o Chubs e a Ruby florescer foi uma experiencia única, levando em conta que ele não queria de forma alguma a garota viajando com eles. Também tem a forma como eles estão sempre cuidando uns dos outras, como eles são super protetores com a Zu, e o romance que nasce entre o Liam e a Ruby... tão fofo!


“Did you know...you make me so happy that sometimes I actually forget to breath? I'll be looking at you, and my chest will get so tight...and it's like, the only thought in my head is how much I want to reach over and kiss you.” 

Isso sem falar no desenvolvimento e crescimentos desses ditos personagens. A diferença, por exemplo, da Ruby do começo que se escondia atrás de uma de suas colegas, e da Ruby que vemos nas paginas finais do primeiro volume da trilogia é sensacional. Acho que esse é um dos motivos pelos quais eu gostei tanto dessa leitura. Ver uma personagem feminina gradativamente criar suas asas e se aceitar, se estabelecer, criar propósitos e se tornar tão independente que ela começa a tomar parte de outras pessoas? Lindo, lindo, lindo! Ruby é modelo quando se trata de personagens principais YA. 

Como nem tudo são flores, meu único problema com The Darkest Minds foi entrar na história de início, Tive que ler o primeiro capitulo umas boas três vezes e me forçar a passar para o segundo antes que a leitura começasse e fluir para mim. Isso porque tem muita introdução e construção do mundo e, como eu já comentei antes, esses vários parágrafos de localização e exploração do universo me saturam um pouco.

Ainda assim, The Darkest Minds foi, definitivamente, um dos meus prediletos do ano passado. O livro consegue ser divertido, sóbrio, ter uma quantidade agradável de fofuras e, graças a road trip e o que essas crianças encontram na estrada, temos uma dose constante de aventuras e desaventuras. E eu comentei que de playlist e música de fundo temos um Estados Unidos que só tem espaço para clássicos do Rock nas rádios? Pois é.

O que você ainda está fazendo aqui?


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