Olaaaar! Fim de ano está chegando e tava mais do que na hora de botar a minha cara de volta aqui, no blog hahahh. Pelo menos volto com um tópico bacaninha pra me redimir, né verdade?
Apesar desse ano ter sido um ano relativamente devagar no que se refere as minhas leituras - graças as baladas da vida e uma vida social existente, vejam só vocês (que alias estou morreeeennndo de vontade de escrever sobre) -, ao longo dos últimos três anos tenho sido capaz de manter uma "quantidade minima" okay de livros que leio. Um ritmo, digamos assim. Toda vez que comento minha quantidade de livros lidos as pessoas me perguntam "como cê faz isso, fia" e nesse último natal não foi diferente. Meu primo me perguntou qual era o segredo e, honestamente, na hora não soube responder. Soltei um breve e enlatado "tem que gostar, quirido", mas na real é um pouco mais que isso, também. Pelas próximas duas horas após a pergunta, contemplei e compilei uma listinha de coisas que cheguei a conclusão sobre meu gerenciamento de tempo e minhas leituras e hoje vou compartilhar elas com vocês :)
Ahh, como sempre, é bom lembrar que esses são as minhas conclusões sobre as minhas experiências como leitora avida e voraz. Nada do que vier a seguir é fato atestado, escrito na pedra e assinada pelos cientistas de Harvard. Não é atoa que estou escrevendo isso num blog, invés de usar como base para uma dissertação pro meu projeto de mestrado ;)
- Dedicação de tempo especificamente para leitura. Seja indo e/ou voltando da faculdade/trabalho, seja durante o horário de almoço ou naquela horinha extra antes de levantar da cama ou ir dormir, ter um espacinho fixo no seu tempo para sentar e ler sempre importantíssimo na minha rotina, até mesmo para que o livro não ficasse uma vida na minha lista de currently reading. Mesmo que acabasse lendo apenas cinco ou seis páginas e pegasse no sono (como isso acontece na minha vida!), sempre tem um tempo só pro meu livro do momento na minha agenda.
Prioridades, né more? A verdade é que para ler mais, você vai precisar abrir mão de outras coisas. Ninguém lê cem livros trabalhando, estudando, saindo todos os finais de semana e mantendo todos os episódios de todas as séries do mundo em dia (quer dizer, deve ter doido que consegue né). Nem sempre dá pra priorizar a leitura, eu bem sei. Esse ano, trabalhando oito horas pela primeira vez na minha vida e estudando feito uma condenada foi quase impossível focar na literatura. Meus finais de semana foram (maravilhosos) ciclos intermináveis de rolê na sexta, ressaca no sábado, e só me restava o domingo pra dar uma atenção especial ao meu livro. Resultado? Cerca de 50 livros lidos esse ano - incluindo as releituras -, menos da metade do que me rendeu 2015. - Esquece leitura instrumental! Não existe técnica que te salve. Se a ideia é ler muito e compreender e absorver o que você tá lendo, é preciso dedicar tempo e paciência.
- Variedade será sua melhor amiga. Rotacionar nos gêneros e nos formatos costuma ser sinônimo de sucesso. Mangás e livros infanto-juvenis são exemplos de leituras geralmente rápidas, em oposição a livros de fantasia ou thrillers, que tendem a se arrastar um pouco mais. Apostar em livros curtos também ajuda, porém chega um ponto em que se começa a considerar bem se realmente vale a pena abrir mão de histórias mais longas, mais intrínsecas, por números na sua estante de lidos do skoob. Mais um vez, tudo questão de escolhas.
- Se já entrou, fica. Se já começou, termina! Maratonar séries é e sempre será meu maior segredo de guerra, aquela arma secreta que você só mostra quando já perdeu todas as esperanças [/drama] hahah. Acaba sendo mais fácil passar quatro, cinco livros no mesmo universo do que ficar entrando e saindo de mundos e sociedades distintos. Sei que é perigoso, pois é depois de engolir uma série inteira que corremos o maior risco de darmos de cara com a querida ressaca literataria, mas, se administrada com cuidado, intercalando com gêneros mais leves ou aquele autor que não tem erro, tudo dá certo no final.
Contemporâneos, não se esqueça dos contemporâneos. Aqui é muito questão de gosto. Tem gente que, se você sussurrar contemporâneo três vezes, nunca mais passa perto de você. Mas esse gênero, junto com seus sub-gêneros (YA, NA, Thriller, Romance, etc.) tendem a ser mais rápidos de serem absorvidos exatamente porque não tem toda aquela coisa de construção de mundo e introdução à sociedade, a politica, ao vilão, nem nada disso. Mas cuidado, porque isso não quer dizer que tais livros não possam ter descrições detalhadas dos sentimentos dos personagens, ou dos locais onde eles se encontram. Particularmente, contemporâneos são livros que leio com mais agilidade pois são livros que me conecto e relaciono muito fácil, de forma alguma por eles serem "ralos" como muita gente pensa!- Titulos > Números! Mais estimulante que estabelecer números é compilar uma lista de títulos! Todo começo de ano dou uma olhada nas minhas estantes (fisicas e virtuais) e separo cerca de vinte ou trinta títulos que bato o olho e penso "tá na hpra de ler esse aqui, mano!". Depois, olho a lista de previsão de lançamentos para os próximos doze meses e já era. Quando vejo, já tenho uma lista de mais ou menos cinquenta livros para ser impressa e colada no meu mural de avisos/fotos.
E é isso. O interessante é que, cada vez menos o número de livros lidos me é interessante. Ao passo que, cada vez mais, tenho buscado títulos ou autores que me toquem, de uma forma ou outra, mesmo que sejam livros gigantescos, de 600+ páginas. Cada vez mais tenho aproveitado o máximo possível meu tempo com personagens e suas histórias.
Assim como tenho dedicado muito mais do meu tempo a escrever minha própria história (no sentido metafórico, nem lembro quando foi a ultima vez que sentei pra escrever meu livro, livro, de verdade). Sair, conhecer pessoas, passar por experiências que antes só via, bem, nos livros que lia. É muito questão de momentos e fases. Acho que no final das contas a minha dica mór é curta o seu momento, mesmo que signifique ler menos do que você lê por ano ou, foda-se, não ler absolutamente nada. Se tem algo que aprendi esse ano é que viver a adrenalina dos personagens por eles é legal, mas nem de longe bate a emoção de viver suas próprias loucuras, sentir o coração pulsar pelas emoções produzidas pelo seu prorprio dono :)
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