Tá ai uma surpresa. Quando li a sinopse de The Rules of Regreat*, nunca pensei que fosse curtir tanto. O livro é um young/new adult levinho, onde conhecemos Darby, uma garota de dezenove anos que é deixada para trás quando seu namorado, Lance, com quem se relaciona a seis anos, vai estagiar no escritório de um político figurão em Washington, DC. O relacionamento dos dois não ia muito bem a tempos, mas depois das tragédias que teve que encarar em seu passado, a ideia de perder Lance é quase desesperadora. A verdade é que no processo, Darby perdeu toda sua personalidade e seu mundo se tornou centrado no namorado, abdicando de suas preferências pessoais para seguir o cara, enquanto Lance seguia seus sonhos. Quando ele a larga para trás e sugere que eles deem um tempo, Darby se vê perdidinha da Silva, querendo fugir e se esconder. É assim que ela acaba em um Acampamento de Verão para crianças "desajustadas", trabalhando como monitora.
É assim também que ela conhece Torin Westbrook e sua vida vira de cabeça para baixo. Desde o inicio, Torin faz tudo que pode para tirar Darby de sua zona de conforto, confrontando-a, mostrando a ela em todas as oportunidades que tem que o passado é única coisa na vida que ela não consegue alterar, a última com a qual ela deve se preocupar.
Inicialmente, me incomodou como Megan Squires basicamente não explora nenhum outro personagem além de Darby, Torin e os mortos. Me perguntei como ela estruturaria uma história de apenas duas pessoas. Foi quando cheguei a mais ou menos 30% do livro que me toquei que sua intenção nunca foi expandir o mundo e criar um plot eletrizante. Seu propósito era contar a história desta garota que, ironicamente, se perde após perder alguém tão importante (e não estou falando do namorado).
Em um gênero comumente populado por bad-boys, Torin
se destaca. A peculiaridade do garoto fez com que me apaixonasse por ele instantaneamente. Em todo momento ele foi compreensível e
deu todo o espaço do mundo para que Darby se redescobrisse. Seu respeito pela
menina era palpável, sabe? Megan conseguiu transpor isso das páginas.
Darby obviamente é a estrela desse show e de forma
geral, gostei dela. Gostei de como ela não mentia para si mesma, não importa
quão perdida ela se sentisse ou quanto tempo demorasse até que ela admitisse
seus sentimentos para as outras pessoas. Foi fácil me postar ao lado dela,
defendê-la, compreendê-la. O tipo de conexão perfeita entre leitor e
personagem-narrador.
Não, não é o melhor livro que você vai achar por ai
e sim, ele tem inconsistências e algumas das decisões de Darby são
preocupantes, especialmente como no final das contas pareceu que ela estava
repetindo seus próprios erros, se apoiando em Torin para resolver seus
problemas como fez com Lance. Mas, daí também, o cara é tão prematuramente
sábio, leal e adorável! Dá pra culpá-la?
Também, adorei o senso de humor e a voz que escutei na minha cabeça
enquanto lia The Rules of Regret. Da honestidade imediata do Torin às ironias
de Darby, passando pelas insinuações... Não conseguia tirar o sorrisinho besta
da cara durante a leitura. Ao mesmo tempo, Megan foi capaz de dar profundidade e significância à narrativa. Não foi nada devastador, mas definitivamente não foi uma história vazia.
É o que eu disse: não é um livro perfeito. Nem de longe. Porém foi divertido e fofo pra diabo, exatamente o que precisava no momento em que o li.
É o que eu disse: não é um livro perfeito. Nem de longe. Porém foi divertido e fofo pra diabo, exatamente o que precisava no momento em que o li.
* The Rules of Regret tem inglês nível I3 e não tem nenhum teor sexual explicito, apenas insinuações. Recomendavel para a galerinha +15.
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