Major Crush
Autor(a): Jennifer Echols
Editora: Simon Pulse
Ano: 2006
Páginas: 288
Inglês Nível: I2
IBSN-13: 9781416918301.
“Talking about your feelings helps you let go of your anger. And it takes a lot of energy to be angry all the time.”
Aqui, nós conhecemos Virginia, uma major de bateria na banda (tipo de fanfarra) de sua escola. O problema é que, por votação, foi decretado que Virginia dividiria sua posição de líder dos bateristas da banda com seu frenemy Drew, e é dai que as coisas vão desenvolver, basicamente.
O livro segue uma temática bem início adolescencia, quando você tem um crush em uma carinha ou garota e parece impossível até que não é mais impossível, com direiro a todo aquele açúcar que conhecemos. É bem clichê, para ser sincera. Eu tinha algumas previsões do que se sucederia e elas de fato vieram a se tornar realidade, então se é uma leitura diferentona que você procura, mesmo para um YA, deste aqui você deve passar longe.
O que eu posso te dizer é que no mesmo que nível que ele é clichezento, também é meio viciante. O livro é curtinho então em uma sentada eu o engoli, e desceu deliciosamente bem. O senso de humor de Jennifer é no ponto certo, talvez um pouco infantil, claro, mas no ponto certo! Se você não está a fim pronto para vestir sua capinha de quinze anos de idade, mais uma vez, recomendo que deixe essa leitura para lá, pois ela é bem juvenil. Mas, se como eu quando li, você só quer um romancinho besta para adoçar sua vida, ta aí uma dica.
Esse não é meu primeiro livro da Jennifer Echols. Li Biggest Flirts lá em julho
(acho), logo, já tinha uma noção do quão diversos seus personagens podiam ser. Ainda assim me impressionou que isso já viesse acontecendo desde suas primeiras
publicações, uma época em que a preocupação com representatividade que temos hoje não era tão presente. Em ambos os livros temos personagens de diferentes raças e etnias. A única coisa que senti falta foi de personagens
de sexualidades variadas, mas daí também só li dois livros da Echols, né.
Ao longo do percurso me vi curiosa e entretida pelas peripécias desses personagens, suas vidinhas tipicamente tumultuadas, seus amores e desamores uns com os outros. A banda, o relacionamento deles com seus pais e familiares, tudo me interessou. A escrita de Jennifer Echols certamente tem seu papel nessa minha experiencia, uma vez que ela (a escrita, não Jennifer, rs) é fluida, leve e fácil de ler.
O livro peca um pouco na história do slut shaming, perdido em meio aos pedacinhos de feminismo e empoderamento. Temos um professor, o Mr. Rush, que é muito ativo na parte ética do colégio e é dele o
protagonismo em uma das minhas cenas prediletas do livro. Porém foi ele também
quem soltou a maioria dos comentários sexistas de Major Crush. Acho super que
foram faltas cometidas sem querer e levo muito em consideração o fato de que o
livro foi publicado em 2006, quando a conversação sobre sexismo, feminismo,
objetificação e sexualização de adolescentes era escassa, mas não teve como não
me sentir incomodada com alguns dos diálogos e falas que li.
Em suma, uma leiturinha deliciosa, e leve, que teve seus pontos altos e pontos baixos, claramente escrito por uma jovem autora ainda inexperiente, que não é ruim, mas também não tem o suficiente para se destacar ou passar do status de leitura 'ok'. Se eu recomendo? Bom, analise bem seu humor. Se o que você quer é sessão da tarde em forma de livro, então talvez seja uma boa ideia. Caso o contrário, acho que Biggest Flirts ainda é o romance da autora que indicaria.
Nenhum comentário:
Postar um comentário